sexta-feira, 18 de novembro de 2011

All you need is love

E quem disse que a vida seria fácil?

Acho que em algum momento alguém nos diz isso ou ao menos nos passa essa impressão. Talvez os nossos pais, avós ou até a professora da creche.

Digo isso porque toda vez que vejo alguém passar por uma dificuldade eu penso nessa pergunta e já vi muita gente falando nela e realmente quando se é mais novo a impressão é de que tudo simplesmente acontecerá naturalmente, mas o tempo passa e vemos que é exatamente ao contrário.

A duas semanas atrás descobri que duas pessoas muito próximas de mim foram diagnosticadas com cancer. Obviamente não seria diferente que me preocupei muito com os envolvidos pois além de serem pessoas muito queridas por mim, já passei por isso e sei exatamente como é.

Uma dessas pessoas queridas chegou a me perguntar: Me conta como vc conseguiu ter força para lidar com essa dor?"
A primeira vista a resposta foi NÃO TENHO A MENOR IDÉIA. Depois aos poucos fui pensando com muita calma tentando lembrar de tudo por que passei e lembrei como foi.

Passei por isso tudo com muito amor. À época eu estava solteiro, não tinha dado a sorte ainda de encontrar o amor da minha vida, que aliás está muito bem encontrado e guardado!
Quando não se tem alguém assim por perto nos apegamos a família e amigos. No meu caso a família era complicado pois todos sofríamos, nos ajudávamos, mas aprendi que as vezes precisamos do carinho de alguém de fora, de um amigo, de uma amiga, de um grupo de amigos ou até mesmo de uma conversa amigável de alguém que não é seu amigo mas tem a melhor das intenções.
Foi lembrando disso tudo que concluí o que os Beatles já haviam descoberto em 1967

E foi falando isso para um dos envolvidos que ele me disse que não tinha cabeça para mulher agora. Aí sim veio o estalo de que o amor de fato não precisa ser de um parceiro ou uma parceira, se vier PERFEITO, mas se você não tem esse alguém na sua vida, se apegue aos amigos e à familia.

A vida é dura, difícil e complicada, mas mais do que nunca sei que com amor com certeza as situações serão pelo menos amenizadas.



sexta-feira, 22 de julho de 2011

De repente 30...

Ontem estava jantando com meu pai, minha irmã e minha noiva e algum assunto surgiu que ficamos lembrando de várias situações engraçadas que aconteceram quando eu e Camilla éramos pequenos.

Hoje, acordei e quando me dei por mim BUUUUMM de repente eu estava com 30 anos. Levantei, troquei de roupa e fui correr na praia com isso na cabeça e comecei a pensar a quantidade de coisas que já passei na minha vida, e foram muitas.



Agora a pouco um grande amigo meu me ligou e comentou que quando se é pequeno têm-se a idéia de que 30 anos é uma idade inatíngível, que já se estará com família formada, filhos, amigos com filhos, casamentos, e muitas outras coisas do mundo adulto.

A verdade é que o espírito ainda é de criança, brincalhona, as vezes implicante, mas ao chegar aos 30 anos, sinto que virei a chave e tipo "virei adulto". Nenhuma criança tem 30 anos vai. 20 e alguma coisa ainda vá lá, mas 30? 30 não.

O que não quer dizer que estou deprimido com isso ou algo do tipo, estou é curtindo. Acho que a vida é para ser vivida, etapa por etapa, e chegou a hora de ser adulto 100%. Tá bom vai, 100% não, mas uma boa parte do tempo. =)

domingo, 17 de julho de 2011

O que será, será!!!

A vida dá umas porradas, que jamais estaremos preparados para tomar.

Coincidência ou não, algumas horas após eu postar Dinheiro x Felicidade fiquei sabendo da perda de uma pessoa muito querida. Desde então não meço esforços para estar bem, e principalmente fazer tudo que está ao meu alcance para quem está a volta do ocorrido e precisa da minha ajuda.

Já senti na pele o que estão sentindo e sei que o apoio de família e amigos é algo que o dinheiro jamais poderá pagar. O conforto de uma presença, de uma mão esticada, de um abraço é algo sem igual.

Obviamente que já começo a refletir sobre VÁRIAS coisas, ainda mais na semana do meu aniversário, que naturalmente já fico pensativo, ainda mais para quem vai entrar na casa dos 30(eita).

Não sei bem como mas pra variar a música presente no que penso, vejo, percebo, etc. Lembrei da música "Que sera, sera" lindamente cantada pela Doris Day no filme "O Homem que sabia demais":



"Quando eu era um garoto,
perguntei a minha mãe
o que eu seria.
Eu vou ser bonito?
Eu vou ser rico?
Então ela me disse:
O que será, será. O futuro não cabe a nós, ver. O que será, será"

A mensagem da música é ótima e entendo ela da seguinte maneira: Não adianta planejar demais as coisas, ou querer muito que algo saia de um jeito, pois o que tiver que ser será, e o que não tiver não será. Não temos tanto controle/poder sob as coisas quanto muitas vezes pensamos.

Peace!!!

sábado, 16 de julho de 2011

Dinheiro x Felicidade

Galerinha querida,

acordei com o espírito de escritor A MIL.

Acabei de escrever um texto no meu blog Área de Cobertura mas resolvi escrever por aqui também algo que tá me martelando desde ontem.

A música Price Tag da Jessie J com o B.o.B.


Já tinha ouvido a música, e confesso que tinha achado ela bobinha. O clipe é divertidinho, a Jessie J faz umas caretas engraçadas e tal. O ritmo não é nada demais, mas fiquei impressionado com alguns trechos da letra, que realmente são ótimos e me fizeram pensar muito na mensagem que passam.

Vejam só:
Why is everybody so obsessed?
Money can't buy us happiness
Can we all slow down and enjoy right now
Guarantee we'll be feelin all right.

Por que todo mundo está tão obcedado?
Dinheiro não compra felicidade.
Será que podemos ir mais devagar e aproveitar o momento?
Garanto que todos nos sentiremos melhor.

A MAIS PURA VERDADE!!!!

Ainda mais no mundo acelerado que vivemos, aonde todos querem passar na frente dos outros whatever it takes, eu primeiro, depois o resto.

Uma corrida desenfreada por dinheiro.

Ah sei lá, pode parecer meio autruísta, hippie, ou sei lá, algo do gênero, mas sei que acredito piamente que indo com mais calma e não to apenas pensando em dinheiro, seremos mais felizes, e faremos mais o bem do que provavelmente fazemos hoje.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Saindo do Eixo

Galerinha,

como a idéia por aqui é me distrair escrevendo, sem necessariamente saber quantas pessoas estão lendo e quem são, as vezes me dá na telha e escrevo algo por aqui.

Saindo do eixo - Foi isso que aconteceu comigo logo hoje cedo. Acordei bem cedo, eram 5h da matina para remar.




Todo dia ao acordarmos temos um plano a seguir. No meu caso, o plano seria acordar, me arrumar, sair para remar, voltar pra casa, tomar um banho, café da manhã e trabalhar de casa mesmo.

Todo e qualquer planejamento tem seus imprevistos, e são exatamente eles que nos tiram do eixo.

No meu caso hoje, saí do eixo por causa de um mísero caco de vidro que pisei, logo após o remo, colocando a canoa de volta ao seu lugar.

Ingenuamente pensei que um banho, e um pouco de merthiolate resolveria, foi quando meu pai me perguntou: "Qual foi a última vez que você tomou a antitetânica?"

BUUUMM Lá foi meu eixo pro brejo.

Eu não me lembro de tê-la tomado, e se tomei, com certeza fazem mais de 10 anos, prazo de validade dela.

Daí já viu né. Parti pro Miguel Couto, lá não dava, fui pro Posto de Saúde, tomei, voltei, fiz um curativo.

Foi quando recebi uma mensagem no Facebook da minha irmã, visto que hoje é aniversário dela "Não vai me ligar não?"

Naquele momento percebi que no planejamento de hoje, tinha a ligação de Feliz Aniversário para ele, e que o tal mísero caco de vidro, ao me tirar do eixo, desgringolou uma parte da minha manhã e com ela, esqueci de ligar.

Engraçado como as vezes coisas pequenas nos fazem sair do eixo, sem a gente perceber as consequências disso.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tiros no Real Engenho

Para quem não conhece o espaço, a idéia por aqui é tentar escrever um pouco como eu percebo as coisas.... quando digo as coisas digo tudo aquilo que se dá ao meu redor.

Não vou tentar aqui escrever sobre a tragédia ocorrida hoje cedo no Real Engenho, vulgo Realengo pois o que vou tentar abordar aqui explica porque todos sabemos o que houve, como houve e etc.



Aparentemente a imagem acima nada tem a ver com o ocorrido no Real Engenho, mas a verdade é que tem sim, muito e já explico isso. Hoje me peguei parado por uns 5 minutos tentando entender o que é que passa na cabeça de uma pessoa que faz o que esse rapaz de 23 anos fez. Depois de 5 minutos percebi que provavelmente eu nunca entenderei o que se passa, acredito eu que se entendesse, talvez eu estivesse suscetível a realizar um massacre desses assim como ele o fez hoje. 

Após desistir de tentar entender, comecei a pensar  o impacto de um caso desses na nossas vidas e aí sim a imagem acima começa a fazer parte da minha percepção. Ouvi meu pai(psiquiatra) falar sobre N motivos que podem causar distúrbios e outros termos que nunca aprendo, mas o interessante que ele disse em uma pergunta é "Quantas vezes você viu os aviões baterem nas torres gêmeas desde 2001?" 

Como obviamente esta pergunta deve ter uma resposta parecida com "Incontáveis vezes" me vem diretamente à cabeça "Será que eu precisava ver incontáveis vezes os aviões baterem nas torres gêmeas?"

Isso me martelou a cabeça durante o dia todo e fiz questão de não ver NADA sobre a tragédia. Obviamente as pessoas, os tweets, as postadas no facebook e a Globo.com não me deixaram ficar a par do acontecido, mas me recusei a ver por exemplo o JN, que com uma breve olhada no twitter deu pra sentir que foi exageradamente forçado. Agora mesmo o programa Entre Aspas da GloboNews é exclusivo sobre a tragédia. Cheguei a ver na Globo.com algo surreal como "Galeria de Fotos da Tragédia de Realengo"

Pára pra pensar comigo o quão surreal é um site fazer uma galeria de fotos de uma tragédia. Galeria de fotos é de um jogo, de um show, de um evento, da Posse da Dilma, mas não de uma tragédia, certo?

Não me entenda mal, não estou condenando o Jornalismo que de fato vive disso, e é óbvio que fiquei horrorizado com todo o caso, mas realmente precisamos da incessante enxurrada de informações visuais sobre isso? Cheguei a receber de um amigo a foto do rapaz morto na escada do colégio. Eu sei que pode, mas precisa?????

Então assim, ao invés de pensar se o cara é religioso, analisar a carta que ele deixou ou qualquer outro detalhe, peço a pensarem:
"Quantas vezes vocês viram imagens sobre a tragédia de hoje?" "Você precisava ver tantas vezes a tragédia de hoje e com tantas imagens?"



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tragédia silenciosa em Bom Jesus

Resolvi publicar um apelo de uma grande amiga, Elis Monteiro, jornalista e nascida em Bom Jesus do Itabapoana.



Tragédia silenciosa
Elis Monteiro *jornalista e Bonjesuense
Há acontecimentos, tragédias como a da Região Serrana que, pelas suas dimensões, acabam mobilizando milhares de pessoas em torno de uma (boa) causa – ajudar os necessitados, salvar vidas, aliviar a dor de quem ficou. A internet já mostrou seu potencial para denunciar governos, expor mazelas acobertadas por bandeiras ideológicas e unir pessoas em prol de um ideal. Mas há tragédias sorrateiras, que não ganham as manchetes dos jornais, que vão matando aos poucos e, quando a população se dá conta...centenas de mortos, um rastro de tristeza e famílias inteiras à beira do colapso.

Uma dessas tragédias silenciosas está acontecendo em Bom Jesus do Itabapoana, pequena cidade ao norte do Estado do Rio de Janeiro. Não se trata de uma tromba d’água, tsunami nem uma enchente de grandes proporções, mas um mosquito que, há tempos, vem desafiando médicos e especialistas. Bom Jesus está sofrendo com a dengue. Dezenas de mortos, dentre eles crianças e adolescentes, que não viram estatística porque a voz dos sofridos não alcança os megafones públicos.

O hospital da cidade está à beira do colapso, na iminência de fechar as portas; médicos ficam sem dormir tentando salvar vidas; casos “menos graves” têm sido rejeitados, por absoluta falta de estrutura e/ou ajuda do poder público. É como se toda uma população fosse sendo esquecida aos poucos, abandonada pela sua pequenez. Como se a vida de uma criança ou de um senhor de 80 anos, cheio de vitalidade e saúde, que sucumbe à dengue hemorrágica, não fossem importantes para o resto da sociedade.

Os relatos são apavorantes – mães que escondem os filhos dentro de casa por medo de os perderem. Filhos que vêem os pais padecerem, sangrando pelos poros, largados em macas no meio dos corredores do hospital. Sangue, tristeza, desespero, esquecimento.

A prefeitura, dizem os médicos, só se mexeu para mandar circular carros jogando fumaça de diesel queimado – não há verba para o tal fumacê. 

Nem vontade política. Porque a tal doença só pode ser comprovada quase um mês depois de feito o exame. Um mês depois do enterro, porque as vidas estão escorregando entre os dedos dos médicos. Infectologistas, cirurgiões, todas as especialidades se misturam numa força-tarefa para salvar alguns – porque salvar todos é impossível. Segundo relatos de especialistas da cidade, quase 50% da população – de 30 mil habitantes – está com dengue ou com sintomas de. E nada. A grande mídia não se manifesta. Não há movimentos nas redes sociais. Não há um chamariz porque a dengue não é sedutora. É feia. É suja. É pobre. É culpa de quem não fez a sua parte, cobrindo piscinas ou jogando fora água parada.

Neste caso, no entanto, culpar alguém não adianta. É preciso fazer alguma coisa, mesmo que seja gritar. Em nome do pobre doutor Luciano, diretor da mais conceituada escola da cidade, que dedicou sua vida – saudável e vibrante - a ensinar e que acabou falecendo, perdendo a vida para a mais besta das doenças, culpa de um mosquitinho de nada. Assim como ele, vítimas pobres, moradoras de bairros menos favorecidos, vão se juntando a uma lista indigente, de pessoas que...ora, só estavam no lugar errado na hora errada! Afinal, quem pode controlar o bater de asas de um mosquito irreverente que já virou fantasia de carnaval?

A existência da dengue – e de sua versão mais agressiva, a hemorrágica - não é novidade para ninguém. Não vende jornal, não vira manchete. 

Não é chamariz de palanque, não merece “trendar”. Enquanto isso, a adolescente agoniza no leito do hospital, com médicos correndo como loucos, tentando salvar aqueles que o estado já desistiu de ajudar. Pior: nem tentou.

Por que não gritar? Nenhuma vida é menos importante que a outra apenas porque está longe das vistas do morador das grandes cidades. E os Bonjesuenes ausentes, como eu, choram pela morte dos seus. Pedindo apenas um pouco de atenção. Tentando arrumar uma forma de tirar a família da área de risco. Sim, Bom Jesus se tornou um grande vale de risco de morte.

Não pedimos queda de prefeito nem revolta contra governos. Só pedimos o que é nosso direito – não ver nossos queridos morrendo à toa, sangrando pelos poros.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Resolvi voltar

Bom, faz tanto tempo que não escrevo nada por aqui.........



Nem sei se alguém ainda acessa isso daqui mas resolvi voltar a escrever. Isso me acalma, vai como uma válvula de escape para muitas coisas.

O final de semana foi agitado, as semanas tem sido agitadas, preocupantes, ansiosas etc etc etc.

Vamos ver se agora o blog segue em frente comigo mostrando como percebo as coisas, que na verdade tem como idéia mostrar minha percepção do que ocorre ao meu redor, notícias do mundo, coisas particulares.

Espero que quem nunca entrou goste do pouco que escrevi e vou escrever.

Beijos e abraços